quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sopa de letrinhas: onde fica o glossário para isso tudo?

O mundo digital tem sido inundado por siglas nos últimos anos. Algumas ultrapassaram as fronteiras constituídas por teclados e telas de LCD (mais uma sigla) outras permanecem restritas ao mundo de TI (sim, usei TI de propósito e não tecnologia da informação ou informática). E como fica mais evidente, tudo fica mais complicado para nós - que temos no português nossa língua materna, o que nos leva a mais de uma sigla por significado:

- Informática: TI, IT ou IS
- Banco de dados: DB ou BD
- Sistema operacional: SO ou OS

E a lista não tem fim. Mas, especificamente quando falamos de BI, a sopa de letrinha segue a mesma tendência:
  • BI, Business Intelligence
  • DW, Data Warehouse
  • DB, Data Basel
  • ETL, Extraction, Transformation and Load
E continua mesmo com as empresas fornecedoras de soluções e mesmo as soluções:
  • IBM, International Business Machine
  • SAP, Systeme, Anwendungen, Produkte in der Datenverarbeitung ou Systems Applications and Products in Data Processing
  • SAP-BW, Business DataWarehouse
  • SAP-BO, Business Objects
Agora o momento da verdade: se você chegou tão longe nesse artigo você NÃO é como 80% dos seus clientes que definitivamente ODEIAM falar em código.

A tendência de profissionais de TI em falarem numa linguagem própria não é exclusividade. Policiais, advogados, médicos, engenheiros etc., todos têm seus jargões e isso não é ruim. Permite a comunicação precisa e eficiente entre pessoas de um determinado círculo.

Mas o diabo vive nos detalhes, e nesses pequenos detalhes você pode perder o cliente. O cliente, objetivo de nossa existência como área ou empresa de TI, não precisa ser servido com essa sopa de letrinhas. Precisa receber algo que atenda suas necessidades, independente do nome.

Para aqueles que afirmam que ALGUNS clientes gostam de detalhes técnicos, respondo com uma parábola: um "entendido" em carros vai comprar um carro, pergunta ao senhor Silva sobre número de cavalos, níveis de emissão de CO2, consumo médio por litro na cidade e na estrada, velocidade máxima etc. e tal. O senhor Silva, responde todas as perguntas com precisão e ganha o comprador. Um segundo cliente entra na loja, se dirige ao senhor Silva e lhe pergunta sobre conforto, dirigibilidade, preço de revenda etc. O senhor Silva, o MESMO vendedor, responde prontamente a todas as perguntas.

Moral da história: o vendedor deve se adaptar a audiência, porque, mesmo que o produto seja o mesmo - o carro, o público é sempre um pouco diferente.

Grande abraço,


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