quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Àqueles que vinham acompanhando o BLOG devem ter percebido que desde Setembro eu não publico nenhum texto novo. Acho que é hora de me explicar.

Desde setembro deste ano aceitei uma oportunidade profissional muito interessante. Exercendo essa oportunidade tenho acesso a informações privilegiadas de uma das grandes empresas de BI do mercado e por esse motivo não tenho conseguido postar.

Durante este mês vou estudar minhas possibilidades e no começo do próximo ano aviso se continuo ou não com o projeto do Brasil Intelligence.

Grande abraço,

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A resposta para a vida o universo e tudo mais

Lendo o artigo de Ron Ashkenas (segundo a HBR: "Ron Ashkenas is a managing partner of Schaffer Consulting and a co-author of The GE Work-Out and The Boundaryless Organization. His latest book is Simply Effective") publicado na Harward Business Review: The Art of Asking Questions (A arte de fazer perguntas, em tradução livre) eu lembrei do livro O Guia do Mochileiro das Galáxias.

No livro - que virou filme de mesmo nome - um super computador é construído para calcular a resposta "para a vida o universo e tudo mais", a resposta encontrada depois de anos de cálculo é 42 (como curiosidade, digite no Google: a resposta para a vida o universo e tudo mais). Os personagens, irritados se perguntam: como assim 42? 42 o quê? 

Na minha opinião é EXATAMENTE assim que algumas soluções de BI são construídas, sob a diretriz de entregar a resposta para: 
  • todas as perguntas de negócio ou 
  • aumentar a lucratividade ou
  • reduzir custos ou
  • gerar relatórios
Na prática o que acontece é que sem uma PERGUNTA e ser respondida, todas as respostas são válidas, incluindo 42!

Grande abraço,
Edu

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

BI, comunicação e conscientização

Eu já falei sobre esse assunto aqui, sobre minha crença de que BI pode e deve ser usado como ferramenta de comunicação. Eu falei sobre isso no artigo: Business Intelligence como canal de comunicação.

E o que eu tenho para falar de novidade sobre o assunto? Bom, acontece que eu fui apresentado a um ótimo exemplo. Não necessariamente de BI como ferramenta de comunicação, mas de informação complexa, consolidada e bem apresentada (lembra alguma coisa?) como instrumento de comunicação. 

O exemplo é de Al Gore, Ex-Vice-Presidente Americano no documentário Uma Verdade Inconveniente (An inconvenient truth - no original em inglês) de 2006. O vídeo pode ser visto, com legendas em português aqui:


O show - porque aquilo não pode ser chamado de palestra - que Gore nos apresenta é incrível, na minha opinião por 3 motivos principais:

  1. Relevância - a mensagem e o assunto discutido de Gore têm impacto na vida de cada um de nós, e ele toma cuidado de deixar isso BEM claro e também de rebater os "mitos" que pregam que o aquecimento global não é um assunto importante.
  2. Conteúdo - os dados apresentados por Gore não são apenas extensos (uma medição de 650 milhões de anos não é comum) são também confiáveis, uma vez que foram fornecidos pelos melhores cientistas do mundo e pelos órgãos melhores qualificados para fornecer a informação.
  3. Apelo visual - todos os gráficos e números apresentados foram cuidadosamente trabalhados e a visualização re-inforça a mensagem dos números. O ponto máximo para mim, é quando o gráfico "explode" para fora da área de projeção e Gore acompanha o mesmo com uma grua, FANTÁSTICO!
Outro ponto fundamental para o sucesso da comunicação das informações foi a simplicidade com que os dados foram apresentados. Olhando o gráfico que relaciona CO2 e temperatura no planeta é impossível, mesmo para um aluno primário, não ver uma relação.

Fica aí o exemplo de apresentação, coerência e comunicação. Fica a nossa contribuição para espalhar essa mensagem de vida e fica a dica cultural para assistir a esse documentário que já é um clássico.

Grande abraço,

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A necessidade de prever o futuro

Quem não se pegou imaginando como será o futuro? Quem nunca pensou em duas ou mais alternativas para o futuro? Quer ver alguns exemplos:

  1. Devo aceitar uma nova proposta de emprego ou esperar na empresa onde trabalho por mais alguns anos?
  2. E SE eu comprar um carro novo, qual o impacto no meu valor de seguro?
  3. Assumindo que o dólar continue se desvalorizando, qual o melhor ponto no tempo (t) para comprar meu próximo laptop importado?
No mundo coorporativo, os exemplos são similares:
  1. o que acontece com o mercado de jornais impressos se a internet continuar a se massificar no ritmo atual?
  2. dada a corrente tendência da taxa SELIC (taxa básica de juros), qual será o melhor momento para contratar um empréstimo?
  3. se eu abrir uma nova divisão de negócios mantendo-se as proporções da minha organização hierárquica atual, quantos funcionários precisarei contratar?
E por aí, vai. Exemplos na verdade não faltam. Quando falamos de sistemas de BI, tão logo as empresas tenham maturidade para monitorar HOJE e comparar o HOJE com o ONTEM, a próxima pergunta é: como será o amanhã?

De cara eu tenho que dizer que com as técnicas e ferramentas disponíveis hoje é impossível responder essa pergunta, mas é sim possível cenários futuros com base em parâmetros pré-definidos. Me explico:

Dado um cenário: a criação de uma nova divisão de negócios dentro de uma organização existente e estável.

Propõe-se parâmetros: a mesma lógica será aplicada do ponto de vista de organização hierárquica e cargos e salários.

Faz-se uma ou mais perguntas: 1) quantos funcionários vou precisar nessa nova divisão? 2) quanto isso irá custar?

Mas em geral isso não é suficiente. O tomador de decisão precisa entender o cenário como um todo, ou seja: qual o ganho esperado para essa nova divisão? Sabendo qual seria o potencial lucro (baseado nos custos projetados - que incluem mas não se restringem aos funcionários - e a projeção de ganhos) poderia também se pergutar "e se" (what if) eu não criar essa nova divisão? Qual seria meu lucro projetado?

A resposta pode ser surpreendente, talvez não valha a pena perseguir aquela oportunidade... mas a que se lembrar: o futuro pode ser projetado, mas nunca predito.

Grande abraço

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Indisponibilidade

Amigos,

Hoje não vou conseguir publicar nada, acabei me enrolando com assuntos profissionais. Semana que vem voltamos a rotina normal.

Grande abraço,

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

"Dois problemas se misturam A verdade do Universo A prestação que vai vencer"

Eu sei o título desse post é muito longo e não deveria ser assim por uma questão estética e prática. Mas o que eu posso fazer? A genialidade de Raul Seixas na música "Eu também vou reclamar" não pode ser restringida.

E qual a relação disso com BI? Bom, depois de publicar o artigo Quando todos acreditavam que a Terra era plana recebi um email de um amigo que falava o seguinte (textualmente):

"Edu, o problema que vejo aqui é que, quando passamos para um patamar de idéias mais sofisticadas e completas do que os relatórios, os valores também extrapolam a realidade. Inovar tem um custo proibitivo em BI. O que percebo é que o único player que permite este tipo de criatividade com tudo já embarcado foi o Qlikview com suas novidades. Mas hoje ele já esta se tornando apenas mais um. O que acha?".

Depois de escrever algumas linhas respondendo ao email dele percebi que seria muito mais útil publicar a resposta aqui. Então, vamos a ela.

Primeiro, quero deixar claro que na minha opinião INOVAR (palavra bastante usada ultimamente) não é sinônimo de comprar um produto novo e muito menos de tecnologia nova. Na minha opinião, inovar significa fazer algo novo, algo de um jeito novo ou aproveitar algo velho de um jeito diferente. Um exemplo simples - já que esse texto não tem pretensão de discutir inovação - é usar a água do banho para a descarga. Não é necessariamente uma inovação tecnológica, uma vez que armazenar água e transportar a mesma de um lugar ao outro é coisa antiga, mas é inovador porque traz novidade à forma de se usar a água, traz um viés consciente e de respeito ao meio ambiente.

Isso dito, vamos a inovação tecnológica e mais especificamente em relação ao BI. Meu amigo está certo quando diz que ferramentas mais poderosas e completas são mais caras (preço + infraestrutura + manutenção + profissionais) do que o bom e velho Excel. Não há como discutir com isso.
Mas é da necessidade e da situação adversa que a inovação se alimenta. Existem infinitas formas e ferramentas que podem ser exploradas em conjunto para se atingir o objetivo esperado. Já demos alguns exemplos aqui no BLOG:
Essa é uma parte. Os grandes players são apenas UMA opção. Existem diversas opções razoáveis para visualização e análise. Mas não é na ferramenta que a mágica acontece. A ferramenta é só a janela por onde a mágica pode ser vista. O coração das possibilidades geradas por um sistema de BI bem feitos estão no desenho completo da solução:
  1. na modelagem multidimencional;
  2. na estratégia de carga e transformação;
  3. no entendimento das necessidades de negócio;
  4. nas fontes de dados disponíveis;
  5. na experiência do profissional de BI que suporta o processo e o cliente.
E tudo isso ao som de Raulzito!
Grande abraço,

quinta-feira, 28 de julho de 2011

BI in memory sem servidor?

Não, a SAP não anunciou que o HANA vai rodar em iPads sem servidor, não foi isso! A SAP Brasil anunciou uma parceria com a Ativas para que o appliance do SAP HANA rode no DataCenter da Ativas. A notícia saiu no TI INSIDE e você pode ler na íntegra aqui.

Os céticos pensarão: e daí? Acho que a grande novidade neste caso não é exatamente tecnológica, é cultural. Eu sou de uma época em que:

  • os profissionais de TI das empresas se orgulhavam de possuir verdadeiras raridades no CPD - Centro de Processamento de Dados (antigo nome do Data Center)
  • os administradores dos sistemas operacionais administravam TUDO: cada file system, cada backup, cada TUDO;
  • os administradores de banco de dados eram os DONOS de todos os dados dentro do banco. Ninguém criava um índice que fosse sem o "amém" do DBA.
E o que o PRESENTE (não o futuro) nos reserva? O SAP HANA é um appliance, ou seja, uma caixa preta. Você "pluga" ela no seu ambiente, configura quais modelos devem ser considerados e a "caixa" decide COMO armazenar, como otimizar etc. Resultado: a administração não é mais responsabilidade do adminitrador, o DBA não existe como entendiamos há 15 anos e agora a última barreira caiu: a caixa preta talvez seja azul e você nunca vai saber.

Bem-vindo a esse "Brave New World".

Grande abraço,

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Quando todos acreditavam que a Terra era plana

Quando todos acreditavam que a Terra era plana, se você perguntasse se alguém queria juntar-se a você numa viagem ao redor do mundo todos ririam da sua cara, certo? Esse é o problema do paradigma vigente. Transpondo o exemplo para nossa realidade, quando você pergunta a um cliente: qual sua necessidade para um sistema de BI, em 90% dos casos as respostas variam de um relatório simples a um relatório bonito, chegando ao máximo num Dashboard (que no caso, não vai passar de um amontoado de gráficos dispostos lindamente numa tela de um dispositivo móvel qualquer).

Pode ser uma conclusão óbvia, mas eu me dei conta disso pouco tempo atrás. Quando conversando com um cliente que precisava - um poder de forças maiores - iniciar um processo de coleta de requisitos ANTES de conhecer principios básicos de BI (o que é, pra que serve, o que a ferramenta permite etc.). Resultado? Várias páginas de solicitações para relatórios impressos e listagens com filtros mais completos do que os atuais. Conclusão: é impossível pedir que alguém expresse uma necessidade (análise de crédito em tempo real ou dar a volta ao mundo) sem que essas necessidades sejam colocadas dentro de um contexto de possibilidades.

Mas, por quê? Bom, eu ofereço humildemente duas respostas:
  1. A pragmática. O ser humano vive dentro de parâmetros preestabelecidos e é preciso deixar claro quais parâmetros se aplicam quando fazemos uma pergunta.
  2. A idealista. Tendemos a viver a vida dentro de parâmetros preestabelecidos, apenas uns poucos arriscaram pisar fora desses parâmetros (os primeiros navegadores, os grandes gênios como Mozart, Eistein, Newton, Camões etc.). Para os demais - nós, pobres mortais - restam os parâmetros e as regras do jogo deixadas pelos gênios.
Sem entrar no mérito de qual a melhor resposta (sugira uma aí na área de comentários), fica clara a nossa função: extrapolar as capacidades técnicas e tecnológicas para o dia-a-dia de nossos clientes, ajudá-los a enxergar os sutis sinais que os permitirão explorar os limites de suas realidades e eventualmente transformar um projeto em VALOR, seja ele aumento de receita, diminuição de receita, reconhecimento de marca etc.

Grande abraço,

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Gadget ou ferramenta de trabalho?

Eu sei que o assunto não é novo e que eu já falei sobre isso por aqui em Adorei esse gráfico, ele fica bom no meu smartphone? e Microstrategy aposta em tecnologias móveis, mas não tem como virar as costas para o assunto. Ainda porque a SAP acaba de lançar seu APP para rodar as ferramentas Business Objects - BO otimizadas para iPad. Veja o artigo clicando aqui.

Eu confesso que logo no começo dessa moda, eu achava que se tratava de modismo, que o público alvo ficaria restrito ao pessoal de vendas ou ao alto escalão da empresa e ainda que os resultados estariam longe de serem medidos objetivamente. Mas está claro, eu estava errado.

Os dispositivos móveis são na realidade fantásticas ferramentas de trabalho, quando bem usadas. Exemplo:
  1. na reunião de revisão orçamentária, seu gestor pede um corte de 10% para a sua área. Com um dispositivo móvel em mão você poderia ter acesso imediato ao seu orçamento incluindo: gastos planejados, gastos comprometidos e gastos realizados, histórico do último período fiscal. Tudo isso por tipo de despesa, atividade e gráficos. Ainda não convencido? A aplicação poderia lhe dar a possibilidade de simulação daqueles 10% solicitados, desenhando uma clara linha nos projetos críticos que seriam afetados. Com poucas interações de simulação, você poderia responder NA HORA para seu gestor se os 10% são ou não realistas e por que.
  2. um vendedor de rua, desses que vendem cosméticos para amigos - poderia verificar a disponibilidade de um item em estoque (por código de barras, scaneado com a câmera, direto da revista ou com um catálogo eletrônico direto no dispositivo móvel), previsão de entrega e preço. Poderia ainda verificar condições especiais (como promoções, compra em lote etc.) além de colocar o pedido na frente do cliente, sem complicações.
É verdade que esses exemplos ainda não são 100% realidade, mas quase. Cabe a cada um de nós lutar contra a rotina do dia-a-dia e desafiar nossos clientes a fazerem a diferença.

Grande abraço,


quinta-feira, 7 de julho de 2011

A sua solução de BI já é "gente grande"?

Chega um momento na vida de qualquer pessoa e de qualquer solução de BI, em que há que se perguntar: já sou grande? Minha filha de 3 anos tem parâmetros muito claros na cabeça que definem o que é uma "gente grande": tem que trabalhar, ser bem maior que ela em estatura e ter plenos poderes de decisão sobre suas próprias ações.

Claro que o modelo usado pela minha filha ainda é simplista e vai evoluir com o tempo, mas deixa claro a necessidade de ter parâmetros - que influenciem nossas ações hoje - e que nos posicionem num grau de maturidade maior amanhã.

Enquanto pesquisava graus de maturidade de BI para um cliente, acabei achando dois modelos bastante interessantes. O primeiro (da Gartner de dezembro de 2008) é bem simples:

Na minha opinião a beleza do modelo acima está na simplicidade. Qualquer pessoa pode olhar o gráfico acima e mais ou menos se posicionar. O problema é que a avaliação é um pouco subjetiva e difícil de se definir.

Outro modelo bastante interessante é um criado pela TDWI's que pode ser lido clicando aqui. Esse modelo é mais completo e leva em consideração diversos aspectos de uma solução de BI para definir onde se está, levando a uma medida mais acurada.

Não importa a forma que você usa para medir a maturidade de sua solução de BI, o mais importante é medir, ser consistente na medição, mapear onde se está e ter claro onde se quer chegar.

Grande abraço,

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Brasil Intelligence: Resultados de Junho

Dando seguimento ao nosso compromisso firmado no artigo: Como definir e calcular suas métricas - Parte 3 (Final), abaixo os resultados referentes a março:




Os resultados do último mês podem ser vistos no próprio gráfico.


Grande abraço,

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Os dados que realmente interessam estão fora da sua empresa

Tá bom, eu admito: não são TODOS os dados que interessam que estão fora da sua empresa, mas grande parte. O pior é que uma grande parte desses dados de fora da sua empresa - e por tanto fora do seu controle - não são estruturados.

Me explico. Quando sua empresa faz uma campanha de marketing para reforçar o conhecimento da marca, por exemplo, como você mede o resultado dessa campanha? A primeira parte - os custos - são relativamente fáceis de se medir uma vez que, geralmente, os dados estão no ERP. O problema de verdade é: como medir a reação do público à campanha? Como saber se o público alvo foi atingido? Durante anos, a resposta, a medida dessas campanhas foi feita com base em pesquisas de satisfação ou simplesmente ignoradas. Já tocamos nesse asssunto aqui no artigo: Novos tempos: novos problemas e novas soluções.

O exemplo acima é apenas um de centenas que poderiam ser dados. Outro problemas comum é que, ao definir um KPI (alinhado com um objetivo estratégico, com a estratégia da empresa), sempre fica a pergunta: como está o desempenho dos meus concorrentes neste mesmo KPI? Infelizmente, essa informação não estava disponível.

A SAP, no entanto, promete mudar essa situação com um novo serviço chamado SAP Value Engineering. Para quem se interessar, tem um artigo bem interessante no TI INSIDE aqui. Em resumo, o serviço promete um benchmark para empresas em seus setores com comparações globais e locais. Eu acho essa uma ótima iniciativa, cabe a nós observar como esse serviço evolui e se outros grandes players do mercado embarcam nessa onda.

Grande abraço,

terça-feira, 21 de junho de 2011

Artigo dessa semana

Pessoal,

Como essa semana é curta e o feriado cai exatamente na quinta-feira, dia de publicar o texto, resolvemos deixar o texto dessa semana para a próxima, porque ia ser muito corrido para mandar para revisão.

Grande abraço e aproveitem o feriado!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Estado brasileiro já abriu os olhos, e a sua empresa?

Quando falamos de BI e, especialmente quando falamos de DW (Data Warehouse), o conceito básico diz que o DW é um repositório de informações variadas, otimizadas para consulta e para o armazenamento de informações históricas (igual ou superior a 10 anos, por exemplo).

Aparentemente, apesar de várias multinacionais ainda tropeçarem nesse conceito básico de um repositório único de informações, o famoso EDW - Enterprise Data Warehouse, o Estado brasileiro - ou pelo menos o fisco - já entendeu os benefícios dessa belezinha e caminha a passos largos para chegar lá. Como? Simples, você já ouviu falar de SPEDs e EFDs? Tem um artigo bem bacana na TI INSIDE sobre a evolução das obrigações legais informatizadas que pode ser lido clicando aqui.

Sem demérito ao FISCO, mas a ideia deles não tem nada de original. Eles estão basicamente padronizando e cruzando diversas obrigações com alguns efeitos claros:

  1. forçar as empresas a cuidarem melhor de suas bases de dados, evitando erros na transmissão,
  2. inibindo transações ilegais ou suspeitas, já que a verificação das informações é massiva e não mais por amostragem,
  3. realizando ações pontuais e agindo nas exceções.
Em resumo, apesar da ideia pouco original a abordagem é perfeita e pode servir de exemplo para diversas empresas Brasil a fora.

A pergunta que fica é: quais são as possibilidades? Eu arriscaria dizer que se o Estado estiver disposto a seguir com essa abordagem até o fim: informatizar toda a transmissão de obrigações, armazenar e criar rotinas eficientes para cruzar as informações das diversas empresas: o céu é o limite e os "maus" empresários que se cuidem.

São conceitos de BI em prol de um Brasil sem "jeitinho"!

Grande abraço,

quinta-feira, 9 de junho de 2011

É possível fazer BI com Excel - discussão

Algum tempo atrás publicamos aqui no site o artigo É possível fazer BI com MS-Excel?. Graças a um de nossos leitores, o Geovanni Barros esse artigo foi o ponto inicial de uma discussão bem bacana no LinkedIn, vale a pena conferir clicando aqui.

Grande abraço,

SAP-Hana e BO 4.0 uma espiadela

Na semana passada a SAP Brasil organizou um Webinar com o título: Transforme dados em insights com a Tecnologia In-Memory SAP HANA. A gravação da palestra pode ser acessada clicando aqui e se você estiver interessado apenas nos slides, pode encontrá-los clicando aqui.

É verdade que o Webinar focou mais em mostrar a mudança de paradigmas trazidos com o HANA e as inovações tecnológicas (já exploradas neste Blog no artigo: A nova solução para seus problemas: HANA (?)) bem como alguns exemplos de reduções que beiram o milagre no que se refere a tempo de resposta (tema também já abordado extensamente no SAPHIRE NOW 2011 e comentado aqui em Uma espiadela no futuro do mundo SAP: SAPHIRE NOW).

Mas o Webinar não foi apenas mais do mesmo. A última parte mostrou um pouco da nova versão do suite de ferramentas BO, o BI 4.0 e está claro que boas mudanças vêm por aí. Dentre as mudanças que mais me chamaram a atenção estão:
  • acesso da maiorias das ferramentas diretamente aos infoproviders do BW;
  • aplicações analíticas para redes sociais (tema que já havíamos abordado aqui em: Novos tempos: novos problemas e novas soluções);
  • melhor integração com a ferramenta de CRM da SAP;
  • o anúncio do "Embedded Analysis" que vai disponibilizar no ECC ou CRM relatórios analíticos em tempo real;
  • melhoria nas capacidades de mobilidade (em parte vindas da SYBASE);
  • Navegação em hierarquias "standard" no WEBI;
  • Melhorias significativas em performance quando comparadas a versão 3.5 por mudar o método de acesso;
  • Possibilidade de se criar universos com base em diversas fontes de dados.
Eu ainda não coloquei a mão em um BI/BO 4.0 ligado a um BW 7.3. Mas assim que colocar minhas mãos numa belezinha dessas, eu conto para vocês.

Grande abraço,

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Only because you have the tool does not mean you have to use it

Versão em português aqui.

The phrase that serves as title to this article was told in its original already in English like this: "only because you have the tool does not mean you have to use it" by Kelli Such, at SAPPHIRE NOW this year and then freely translated by me (in the Portuguese version on this article). 



Dilbert.com 

Kelli Such is Director of Business Intelligence at Kraft Foods in Chicago, United States. And until I watch the SAPPHIRE NOW session entitled: Building Tomorrow's Enterprise Solutions from SAP with BI, I did not know her.

Actually, to see the entire session, simply visit the event website (http://www.sapphirenow.com), register for free and search by the title: Building Tomorrow's Enterprise Solutions from SAP with BI.
Since then, what changed was simple: I became Kellii's fan. Of course, not only for this sentence. But by the context, by her courage and force behind this phrase. In the midst of the biggest event organized by SAP worldwide, Kelli - under the watchful eyes of the biggest giants in the business world of "tools", shared with us this "pearl". 

The beauty of the concept is the indisputable truth of the statement together with the obviousness of it. As a rough analogy, I could say one has a hammer at home and does not need to use it. I'm pretty sure that in my colleagues circle that statement would cause, without a doubt, a hiatus in the conversation.

The unfolding of the assertion in the field of Business Intelligence and IT in general is enormous. We have been seem that BI solutions market clearly go for the plurality of tools, it is normal and natural: planning tools, reports, dashboards, consolidation, etc.. And in general, all these tools come entagleded together in a "suite" or in a package. 


The idea of ​​packing tools is in principle great. It gives to the customer the possibility to do things that he/she did not foresee or did not know that could be made. But we must avoid the dictatorship of the technology. Decisions about whether to use a tool should ALWAYS be connected directly to a business need or opportunity. 


It is clear that IT, and especially BI professionals, can and should suggest uses not yet considered by our colleagues in other areas (whatever they are: finance, human resources, marketing, production, etc.). But these suggestions MUST be related to a business need or opportunity, otherwise they are pointless.  


If someone disagrees, I have a suggestion: just go home and use the hammer.
   
Huges,

Só porque você tem a ferramenta, não quer dizer que tenha que usá-la

English version here

A frase que serve de título a esse artigo foi dita em seu original em inglês: "only because you have the tool does not mean you have to use it" por Kelli Such, no SAPPHIRE NOW deste ano e depois livremente traduzida por mim.
Dilbert.com
A Kelli Such é Diretora de Business Intelligence na Kraft Foods em Chicago, Estados Unidos. E até assistir a palestra dela no SAPPHIRE NOW entitulada: Building Tomorrow’s Enterprise with BI Solutions from SAP, eu não a conhecia.

Aliás, para ver a sessão, basta acessar o site do evento (http://www.sapphirenow.com), se registrar gratuitamente e buscar pelo título: Building Tomorrow’s Enterprise with BI Solutions from SAP.

De lá para cá, o que mudou foi simples: eu me tornei fã da Kelli. Claro, não apenas por essa frase. Pelo contexto, pela coragem e pela força por trás dessa frase. No meio do maior evento organizado pela SAP no mundo, a Kelli - sob o olhar atento das maiores gigantes do mundo no ramo de "ferramentas", soltou essa pérola.

A beleza do conceito proposto é a verdade indiscutível da afirmação aliada a obviedade da mesma. Numa analogia grosseira, eu poderia dizer: tenho um martelo em casa e não preciso usar ele. Tenho certeza que em uma roda com meus amigos essa afirmação causaria, sem sombras de dúvida, um hiato na conversa.

O desdobramento da afirmação no ramo de Business Intelligence e em TI de modo geral é enorme. As soluções de BI de mercado caminham claramente para a pluraridade de ferramentas, é normal: ferramentas de planejamento, relatorios, Dashboards, consolidação, etc. E em geral, todas essas ferramentas vêm empacotadas em uma suite, num pacote.
A idéia do pacote é ótima, da ao cliente a POSSIBILIDADE de fazer coisas que ele não previa ou não sabia que poderiam ser feitas. Mas é preciso evitar a ditadura da tecnologia. As decisões sobre a utilização ou não de uma ferramenta devem SEMPRE estar ligadas diretamente a uma necessidade ou oportunidade de negócio.
Claro está que IT, e principalmente os profissionais de BI, podem e devem sugerir utilizações ainda não consideradas por nossos parceiros de outras áreas (sejam elas quais forem: finanças, recursos humanos, marketing, produção, etc). Mas essas sugestões, DEVEM estar ligadas a uma oportunidade ou necessidade de negócio.
Se alguém discordar, eu tenho uma sugestão: ao chegar em casa, use o martelo.

Grande abraço,

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Brasil Intelligence: Resultados de Maio

Dando seguimento ao nosso compromisso firmado no artigo: Como definir e calcular suas métricas - Parte 3 (Final), abaixo os resultados referentes a março:



Os resultados do último mês podem ser vistos no próprio gráfico.


Grande abraço,

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Uma espiadela no futuro do mundo SAP: SAPHIRE NOW


Eu sei, eu sei o SAPHIRE NOW foi semana passada e o resultado está refletido em milhares (talvez milhões) de reportagens em revistas especializadas ao redor do mundo. Exatamente para evitar situações como a do Dilbert é que propomos esse artigo:

Dilbert.com

Minha idéia original era pegar uma palestra e escrever um artigo sobre ela. Mas, ao invés disso, eu decidi lembrar a todos que vocês podem simplesmente logar no site do evento (link acima), se registrar GRATUITAMENTE e assistir todas as palestras.

É exatamente isso que nossa equipe está fazendo essa semana, algumas palestras que assistimos e que vale a pena dar uma olhada:
  • SAP HANA: Today's Solution for High-Performance Business Intelligence, Dave Carlisle - Chief Application Architect, Enterprise Business IT. Achei bem bacana, porque tem boas informações referentes a direção que o HANA vai tomar;
  • Building Tomorrow’s Enterprise with BI Solutions from SAP, Kelli Such, Director, IS Service Delivery Business Intelligence, North America Kraft Foods & Willem-Jan Veeneman, Head of Business Intelligence, Consumer Health - OTC Novartis. Muito bacana como painel de discussão com dois grandes clientes, vale a pena dar uma olhada. Particularmente a opinião de Kelli Such vale muito a pena dar uma olhada;
  • Making Business Intelligencean Advantage for Exactech, Thad Beavers, Director of Information Services. Uma visão interessante de BI em uma empresa de médio porte. Dá um gostinho de "sim, é possível".
Grande abraço,

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A Torre de Babel do BI

O CEO entra na sala e pergunta num tom monótono: 
- batemos a meta de vendas para o mês passado?

O responsável por vendas prontamente responde: 
- Sim

No exato mesmo momento, o diretor financeiro dizia: 
- Não

Ta bom, eu sei que a situação acima é cliché e também sei que ela está exagerada. Mas o ponto é válido: em inúmeras organizações (grandes, sérias, sólidas e estruturadas) vemos diversas respostas para a mesma pergunta. Os mais afoitos dirão que existe uma resposta correta e portanto as outras devem estar erradas.

Ledo engano, em muitos casos existem várias respostas certas. No exemplo acima, por exemplo, podemos considerar: 
  • vendas líquidas, vendas brutas, vendas com e sem comissão, 
  • a meta de vendas para um canal específico, para uma linha de produtos específica ou para toda a empresa,
  • a meta de venda para uma filial ou ponto de vendas específico ou para toda a empresa.
Apenas para dar ALGUNS exemplos. A resposta permanece: batemos a meta? Bom, sem querer chover no molhado: o problema está na pergunta. Qual meta? Que meta?

Essa é uma armadilha muito comum quando tentamos desenvolver soluções de BI: não compreender a pergunta e mesmo assim insistir em propor uma resposta. Infelizmente a realidade é mais complexa que isso, cabe a nós, profissionais da área, fazer as perguntas que deixem claro(s) o(s) motivo(s) por trás de uma pergunta. Cabe a nós garantir que conhecemos e compreendemos os termos, as definições, as formulas, as métricas, as variáveis de tempo e as exceções. 

Esse é o começo de um bom metadata e o único caminho seguro para efetivamente suportar a tomada de decisões nas organizações.

Grande abraço,

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ferramentas nacionais de BI

Uma de nossas leitoras, Deborah Barbosa, gostaria de saber quais opções estão no mercado de ferramentas de BI nacional. Além de Senior BI e Sadig. Alguém conhece outra opção? Deixe um comentário, por favor.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Template de BI, a melhor forma de ser igual a todo mundo

Se você é cliente, provavelmente já perguntou em uma reunião de avaliação de software de BI: "essa ferramenta traz templates para o meu modelo de negócio?" e se for um consultor ou responsável pela implantação de uma solução de BI, já se pegou desejando que aquele problema tivesse um guia de solução, tenho certeza.

A verdade é que a maioria das ferramentas de BI traz ou tenta trazer algum template para medir o básico: vendas, contas a pagar, contas a receber, gastos, giro de estoque etc. Algumas empresas dão ótimos nomes a esses templates. A SAP chama seus templates de Business Content.

Mas qual o real benefício que esses templates podem trazer? Vale a pena usar esses templates? Templates são de fato respostas mágicas e maravilhosas para todos os problemas?

Em primeiro lugar eu tenho que fazer uma ressalva: esse texto se refere de forma geral a templates e não a um template em específico. Ou seja, TALVEZ existam templates melhores que a média e certamente existem templates BEM piores.

Minha opinião é clara e já está dita no título desse post: templates são ótimas ferramentas para deixar a sua empresa exatamente igual a todas as outras. Por definição, templates são criados a partir das "melhores práticas" do mercado e portanto deveriam refletir o "estado da arte". É difícil imaginar que alguma inteligência (afinal de contas, fazemos Business Intelligence) pode ser empacotada de forma genérica para qualquer empresa e indústria, não?

Usar os templates, por outro lado, pode acelerar consideravelmente a implantação de indicadores e métricas, além de indicar o caminho a se seguir e estabelecer importantes baselines para começarmos a trabalhar. E por esse motivo, não podem ser ignorados completamente.

Aqui vão algumas dicas antes de sair usando templates:
  1. se a sua empresa quer liderar tendências, você deveria pensar duas vezes antes de usar um template de BI. Motivo? Simples, todos os seus concorrentes estarão usando templates parecidos;
  2. acredite em templates construídos por quem tem experiência no sistema transacional e não no sistema de BI. Motivo? A empresa que cria o sistema transacional conhece muito bem as regras de negócio e peculiaridades daquele sistema, nenhuma garantia quando o template vem do sistema de BI diretamente;
  3. em geral, templates são ótimos para métricas e atividades mais parecidas com commodities. Coisas do tipo: DSO, AOD, Stock Out etc. Métricas e indicadores que são razoavelmente os mesmos em diferentes indústrias e empresas;
  4. templates não são verdades absolutas. Usá-los para tornar o processo de implantação mais rápido, para estudar como o fabricante recomenda fazer ou mesmo para partir de um ponto inicial (baseline) é uma ótima idéia. Mas é preciso ter olho crítico e saber decidir o que faz e o que não faz sentido para a situação em questão.
Grande abraço,

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Brasil Intelligence: Resultados de Abril

Dando seguimento ao nosso compromisso firmado no artigo: Como definir e calcular suas métricas - Parte 3 (Final), abaixo os resultados referentes a março:


Os resultados do último mês podem ser vistos no próprio gráfico.

Como dá pra ver, o carnaval e o sapforum tiveram um impacto na nossa evolução mensal. Vamos acompanhar.

Grande abraço,

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Novos tempos: novos problemas e novas soluções

Se você não for um extraterrestre, já ouviu falar nas transformações sociais e nos negócios trazidos pela WEB 2.0, as mídias sociais (twitter, facebook, orkut, myspace etc.) e a computação em nuvem. Se você trabalha com BI, adicione a esse caldeirão o processamento In-Memory e você tem buss words para usar nas próximas reuniões até o fim do semestre.

A pergunta que é pouco respondida até agora é: como todas essas ferramentas podem nos ajudar no nosso dia-a-dia de BI? Bom, vamos por partes:

Sobre In-Memory, você pode encontrar mais informações aqui no BRIntelligence mesmo, no artigo: In memory, em memória e o futuro do Business Intelligence - BI e tambén no artigo falando sobre HANA A nova solução para seus problemas: HANA (?);

Sobre as demais mídias: twitter, facebook, orkut, myspace, youtube etc. ainda não falamos. Sinceramente eu não tenho muitas respostas e não vi nenhum caso onde essas mídias estejam sendo usadas integradas às soluções de BI cooporativas. Mas eu tenho uma idéia, um sonho talvez de como uma ferramenta como o Twitter pode ser um divisor de águas também no mundo de BI. Como?

Durante anos, áreas comerciais e de marketing vêm se perguntando como medir o impacto de uma campanha de marketing em termos númericos mas não financeiros. Perguntas como: as pessoas gostaram da campanha? A campanha atingiu o público alvo? quantas pessoas foram atingidas pela campanha?

Enquanto essas campanhas não paravam de sair, especialistas de diversas áreas uniram esforços para responder essas perguntas com pesquisas, amostragens, extrapolações estatísticas etc. HOJE a realidade pode ser diferente. As campanhas de marketing podem ser medidas em termos númericos baseados em comentários em mídias sociais que podem ser interpretadas por tecnologias como o Many Eyes da IBM (http://www-958.ibm.com/software/data/cognos/manyeyes/) e então segmentadas em: categoria de usuários, menções favoráveis, menções contrárias, sugestões etc.

Pela primeira vez na história, temos a chance de medir o impacto externo de ações inciadas dentro das empresas. Não, isso não é simples e nem fácil por diversos motivos:
  1. a tecnologia ainda não ajuda, são necessárias várias ferramentas e interfaces para se atingir esse resultado
  2. as informações em si não são padronizadas e nem estruturadas
  3. o acesso a essas informações não está padronizado ou estruturado
Mesmo quando essas primeiras barreiras forem vencidas, ainda assim precisaremos de mão-de-obra qualificada e capaz de lidar com essa nova realidade e organizações dispostas a começar a trilhar esse caminho.
Não estou dizendo que será fácil ou para amanhã. Mas na minha opinião, certamente será para a próxima semana.

Grande abraço,

quinta-feira, 21 de abril de 2011

BI: decisões simples para problemas complexos

Me chamem de louco, mas eu acho que encontrei uma forma de explicar para a minha mãe o que eu faço para viver. Aposto que você também já tentou explicar para a família o que é ser um consultor BI durante um animado almoço de domingo, certo?

Eric Berlow apresentou uma ideia extremamente interessante no meio do ano passado (vídeo abaixo com legendas em português):


Mas o que isso tem a ver com BI? TUDO. Absolutamente TUDO. Se eu tivesse que definir em uma frase qual o objetivo de Business Intelligence eu diria: um conjunto de ferramentas, conceitos e métodos que suportam e otimizam a tomada de decisão.

Alinhado com ideias já propostas por aqui de que:
  1. a forma como apresentamos os resultados e buscamos respostas para nossos problemas tem que mudar - Os gráficos do seu sistema de BI são péssimos!!!;
  2. imagens podem nos ajudar a compreender realidades complexas - Uma imagem vale mais do que mil palavras.
Eric Berlow nos apresenta duas propostas muito interessantes:
  • os riscos da abordagem simplista que permeia nossa vida e principalmente a demanda frenética por resultados imediatos no mundo coorporativo (quem aíi nunca escutou um cliente dizer algo do tipo: "já conhecemos o problema, queremos apenas um relatório XYZ. Obrigado"? Resultado: pouco ou nenhum impacto na qualidade das decisões feitas;
  • a grande potência de transformar dados em visualizações amigáveis e compreensíveis (alguém aí entendeu aquele gráfico mostrado no vídeo? Já o modelo visual é BEM mais fácil).
Mais e mais reuno evidências que sinalizam - em minha humilde opinião - duas coisas:
  1. existe um potencial inexplorado enorme para BI tanto em ambiente corporativo como para outras áreas de estudo e conhecimento;
  2. o BI que conhecemos TEM que ser redescoberto e refundado nas bases mutáveis da geração i (a geração nascida depois da internet).
Eu sei que vendo o vídeo, muitos de vocês farão uma conexão automática do diagrama apresentado com o mapa estratégico de Kaplan (mais detalhes aqui). Infelizmente o mapa estratégico foi implementado em diversas ferramentas como uma forma de refletir a inter-dependência de cálculos e não, como proposto por Berlow, de aceitar a complexidade dos problemas com os quais lidamos no dia a dia e encará-los por completo.

Apesar de um entusiasta no que se refere a deixar as simplicações infantis da realidade de lado, eu admito que ainda não temos ferramentas que nos permitam analisar a realidade com toda sua complexidade, mas esse dia não está longe e devemos estar prontos.
    Quando será que BI vai deixar de ser potência para ser atualidade? Depende de nós!
      Grande abraço,

      quinta-feira, 14 de abril de 2011

      Armazenamento colunar

      Atendendo ao pedido feito pelo Felipi no texto: A nova solução para seus problemas: HANA (?), resolvemos nos aprofundar mais sobre o tema: armazenamento colunar. Na prática o assunto é BASTANTE abrangente e técnico. Por esse motivo, decidi montar uma coletânea de textos que vale a pena serem lidos para quem quer ou precisa de mais informação sobre o assunto.

      Encontramos um artigo muito bom diferenciando armazenamento colunar de compressão colunar. Por favor, leiam o artigo aqui. Numa simplicação bem grosseira:
      • armazenamento colunar é o método usado para armazenar registros em colunas e não em linhas a fim de otimizar os resultados dos comandos SQL em um banco de dados;
      • compressão colunar utiliza tolkens para substituir repetições dentro de uma coluna e "economizar" bits em termos de armazenamento.
      Obviamente ambas as técnicas podem ser usadas simultanea ou independentemente.

      Outro texto que recomendo a leitura é o da Wikipedia, leia o texto aqui. Esse texto possui inclusive um exemplo sobre como fica o resultado de um comando SQL em um DBMS colunar e em um orientado a linhas (incluindo um comparativo entre os dois modos).

      Acredito que esses dois textos são um bom RESUMO. Se você precisa de informação mais detalhada, tem dois sites interessantes:
      Grande abraço,

      quinta-feira, 7 de abril de 2011

      Luto pela chacina no Rio

      Amigos,

      Apesar de cumprir nosso compromisso com vocês no dia de hoje publicando o artigo de nosso amigo Jorge Vasconcelos, não podemos deixar passar a oportunidade de expressar nossa repúdia, dor e sofrimento pelo crime cometido hoje em Realengo, Rio de Janeiro.

      Nossas mais sinceras orações e condolências a todas as vítimas e suas famílias.

      Nossa equipe está de luto.

      Grande abraço,

      BI sem estratégia é como verão sem sol

      Tá bom, eu sei que a frase "poética" acima não agrada a todos, mas pelo menos ela é bem ilustrativa. Várias e várias vezes, conversando com clientes e/ou possíveis clientes tenho a impressão clara de que a pessoa do outro lado da mesa realmente acredita que comprar uma ferramenta de BI vai ajudar sua organização a decidir melhor.

      O fato é um só: sem alinhamento entre operação, tática e estratégia e sem orquestração dos recursos disponíveis em IT, mesmo com a melhor ferramenta de BI do mundo, sua empresa vai continuar decidindo mal. Pronto, falei!

      Sob essa óptica, pedi ao meu parceiro e amigo Jorge Vasconcelos, super fera no assunto para escrever um artigo abordando o tema. O Artigo pode ser acessado na íntegra aqui.

      Dilbert.com

      Grande abraço,

      sexta-feira, 1 de abril de 2011

      Brasil Intelligence: Resultados de Março

      Dando seguimento ao nosso compromisso firmado no artigo: Como definir e calcular suas métricas - Parte 3 (Final), abaixo os resultados referentes a março:



      Os resultados do último mês podem ser vistos no próprio gráfico.

      Como dá pra ver, o carnaval e o sapforum tiveram um impacto na nossa evolução mensal. Vamos acompanhar.

      Grande abraço,

      quinta-feira, 31 de março de 2011

      A nova solução para seus problemas: HANA (?)

      Se você é profissional SAP e não vive em um aquário, você muito provavelmente escutou falar de HANA. HANA significa: High Performance Analytical Appliance (em tradução livre: uma aplicação analítica de alta performance). Mais informações oficiais podem ser encontradas no site oficial, aqui.

      O primeiro anúncio sobre HANA foi feito no SAPPHIRE 2010 (chegamos até a mencionar isso no artigo: In memory, em memória e o futuro do Business Intelligence - BI). E o anúncio foi feito pelo alto escalão da SAP, vale a pena dar uma olhada nos vídeos abaixo:
      Vishal falando sobre o assunto

      Hasso falando sobre o assunto:

      A SAP fez até um vídeo muito bacana usado no último SAPFORUM tentando explicar as capacidades do SAP HANA 1.0:



      Mas de fato, o que é HANA? Em resumo, SAP HANA é o primeiro produto que utiliza uma série de técnicas e inovações tecnológicas para suportar a tomada de decisões em tempo real. Entre os pontos que valem a pena destacar:
      • In-Memory - não é exclusividade da SAP, essa tendência veio pra ficar. Com o barateamento da memória ficou evidente que em um futuro próximo, disco rígido será peça de museu. Isso pode ser visto em outros lugares. Laptops estão usando cada vez mais discos SSD (solid state disk), os iPhones também não usam mais memória e vários provedores de BI também estão adotando esse modelo (para citar um, QlikView por exemplo).
      • Armazenamento colunar - lembra que você aprendeu que cada registro é uma linha no banco de dados? No caso do HANA isso não é verdade. Cada registro é uma coluna. Por que? Grosso modo, quando um comando SQL de sumarização é executado no banco de dados, mesmo querendo o total de uma coluna, o banco tem que ler todas as linhas. Com o armazenamento colunar, é preciso ler apenas 1 linha. A linha que contêm toda a informação que deve ser sumarizada. Eu vou escrever outro artigo sobre armazenamento colunar no futuro e posto o link aqui.
      • Real Real-time - consulta em tempo real de verdade. Quem conhece as práticas de mercado de DW e BI sabe que, em geral, as informações são transferidas para o DW em processos de carga. Essas cargas podem ser diárias, semanais ou mesmo mensais dependendo da necessidade de negócio. A promessa da SAP é utilizar uma tecnologia adquirida com a aquisição da SYBASE para que todo registro feito no sistema transacional esteja disponibilizado milisegundos depois no HANA.
      Mas na minha opinião, o lançamento do produto HANA em si não é a melhor notícia. A melhor notícia é a existência e aplicação PRÁTICA dessas inovações tecnológicas que fazem parte do HANA. A menssagem da SAP é clara, este é apenas o primeiro produto. Tanto é que o HANA 1.5 já está no forno. Eu acho que além de uma campanha de marketing bem feita, o discurso de que uma nova geração de softwares (equivalente a criação do famoso R/3) pode estar prestes a nascer. Vamos ver o que o futuro nos reserva.

      Para aqueles que como eu querem escutar um cliente antes de tomar uma decisão, eu encontrei um case da Hilti que vale a pena ser visto (em inglês):


      Se você quer uma segunda opinião, isso é o que o Dilbert tem a dizer sobre possibilidades "real-time":

      Dilbert.com

      Grande abraço,

      quinta-feira, 24 de março de 2011

      SAP Forum 2011, impressões sobre as sessões paralelas

      Estou escrevendo esse post no meio do SAP FORUM 2011. O maior evento da SAP da América Latina, caminha para seu fim e nós do Brasil Intelligence damos nossos palpites.

      • local: me chamem de saudosista, mas todo mundo com quem eu falei concorda comigo. O Hotel Transamérica era muito mais confortável para abrigar o evento. Não éramos moralmente assaltados no estacionamento (12 horas de estacionamento a R$ 38,00), não precisávamos ficar mudando de andar toda hora e o trânsito entre os estandes e as salas de palestra era algo natural. Mas, eu tenho que admitir que dois pontos são melhores no WTC. O ar-condicionado e as opções de alimentação. E nada mais. Fica registrado nosso apelo: VAMOS VOLTAR PARA O TRANSAMÉRICA.
      • sucesso de público: com mais de 8 mil inscritos para as sessões paralelas, 1 mil inscritos para o congresso e mais alguns milhares inscritos para as sessões virtuais o SAP FORUM 2011 foi sem sombra de dúvidas, um sucesso de público. Estando por aqui os 3 dias, eu tenho que admitir que eu vi todo mundo que eu esperava ver e todo mundo que eu não sonhava encontrar. Vale muito a pena do ponto de vista de networking.
        • o lado negro do sucesso: com tantos inscritos as sessões mais populares foram de difícil acesso e muita gente ficou de fora. Sorte de quem resolver ver pela Internet.
      • conteúdo: eu não lembro como foi o SAP FORUM 2010, mas nesse ano todas as palestras tinham tempo de duração idêntico. 50 minutos não importa o tema. Resultado? Algumas palestras foram agonizantemente longas, outras acabaram num piscar de olhos. Na minha opinião a lógica foi contrariada, assuntos diferentes requerem tempos diferentes. Para mim o maior exemplo foi a apresentação do HANA que mostrou menos do que já havia sido apresentado no SAPHIRE do ano passado. Em 50 min, mostrar o quê?
      • estrelas da vez: os assuntos mais falados, sem dúvida, foram sustentabilidade, computação em nuvem, redes sociais e HANA. Alguém tinha dúvidas disso?
      • ideia genial: eu gostaria de dizer que a idéia genial tem a ver com tecnologia, mas de fato, não tem. A melhor idéia do evento foi colocar dois cafés no meio dos estandes das consultorias o que possibilitou um espaço muito bacana para networking, descansar e ao mesmo tempo sapear (gostou do trocadilho) os estandes.
      Bom é isso. Deixa eu tentar entrar na minha última sessão paralela por hoje e semana que vem os artigos voltam.

      Grande abraço,

      terça-feira, 22 de março de 2011

      SAP Forum 2011, impressões sobre o congresso

      Eu sei que isso não vai agradar a todos, mas essa semana não teremos nosso artigo semanal. Como eu estou todos os dias no SAP FORUM 2011 (já falamos sobre isso aqui no artigo SAP FORUM 2011: se você é profissional SAP, pode marcar na agenda) eu vou tentar postar um pequeno resumo de cada dia para quem não teve oportunidade de conferir, poder se organizar.

      Bom, hoje foi o dia do congresso. E esse foi o foco principal. As apresentações foram bem interessantes porque se focaram mais em tendências e análise do cenário macro econômico e social. Claro que nos painéis, as redes sociais tiveram grande destaque. E infelizmente nada se falou sobre Business Intelligence.

      Agora, se vocês tiverem que escolher UMA apresentação para assistir pelo Webcast, vocês TEM que assistir a do Cirque du Soleil. Sim, eu sei que é impressionante, eles usam SAP. A apresentação foi simplesmente fantástica, envolvente e mágica. Sobre como um sonho que acabou tomando proporções gigantescas, só pode existir hoje com a ajuda de um sistema integrado mundial, vale a pena.

      Grande abraço,

      quinta-feira, 17 de março de 2011

      O que ver no SAPFORUM 2011?

      Está com dúvidas sobre o que ver no SAPFORUM 2011 na próxima semana? Para ajudar os profissionais de BI que estão pensando em ir ao evento, estou publicando aqui as palestras que eu estou pensando em visitar.



      Grande abraço,

      Business Intelligence como canal de comunicação

      Eu não sei se isso é óbvio para todos vocês, mas eu só consolidei esse entendimento consciente nas últimas semanas: Business Intelligence pode ser usado como um forte e eficiente canal de comunicação. Acho que já tocamos neste assunto quando falamos do poder da visualização de dados: Uma imagem vale mais do que mil palavras.

      Nas últimas semanas alguns colegas fizeram um trabalho extremamente detalhado de inventário de quase 3000 programas em um cliente. O resultado foi uma planilha eletrônica com quase 3000 linhas e várias dezenas de colunas. Eu fiquei encarregado da gestão do trabalho e portanto tive a oportunidade de analisar o resultado deste inventário antes de comunicar ao nosso cliente os resultados. Eu tinha certeza ABSOLUTA que meu time tinha feito um ótimo trabalho, mas tinha um problema: como comunicar isto aos gestores responsáveis no cliente?

      Era evidente que os gestores responsáveis no cliente não estavam interessados "nos detalhes", mas nos resultados da análise detalhada. Nossa solução foi simples: no mesmo arquivo onde tinhamos a análise detalhada, criamos outras 3 planilhas:
      1. Dashboard - criamos uma planilha com 8 gráficos que mostravam o resultado geral do trabalho. Para mencionar alguns indicadores: distribuição de programas por área, ditribuição de programas por desenvoldor, complexidade dos programas etc.,
      2. Uma planilha com uma tabela dinâmica para possibilitar a criação de outras análises não previstas durante a reunião com o cliente,
      3. Uma planilha com um gráfico dinânimo, também para possibilitar a análise ad hoc durante a reunião com o cliente.
      O resultado? A reunião com o cliente foi um sucesso. Fomos capazes de usar conceitos e ferramental de BI como canal de comunicação de uma informação extremamente detalhada e técnica a um público interessado em informações sumarizadas e processadas, possibilitando a tomada de decisão baseada em FATOS.
      Ou seja, com um pequenos esforço (umas 4 horas de trabalho) usamos o BI para seu fim último: suportar a tomada de decisões. Mais e mais acredito num artigo que escrevemos alguns meses atrás: É possível fazer BI com MS-Excel? A resposta é e sempre será SIM. Temos que encontrar a ferramenta adequada para o problema que se apresenta. No exemplo acima, usar qualquer ferramenta renomada de BI só traria complicações e atrasos na entrega para um problema PONTUAL. Para necessidades mais exigentes, complexas e periódicas, nossa solução com a planilha eletrônica seria um desastre.

      E viva o discernimento, o bom senso e a capacidade de julgamento. Características bem humanas que eu ainda não encontrei em nenhuma ferramenta de BI.

      Grande abraço,

      terça-feira, 8 de março de 2011

      Recesso de carnaval

      Senhores

      Eu só quero avisar que essa semana não teremos artigos no BRIntelligence – BI. Desculpe àquelas pessoas que estão trabalhando, mas esse que vos fala está curtindo um merecido recesso. Semana que vem tem post normal.

      Bom carnaval a todos.

      Grande abraço,

      quinta-feira, 3 de março de 2011

      SAP FORUM 2011: se você é profissional SAP, pode marcar na agenda

      Estou avisando com antecedência para ninguém reclamar: entre os dias 22 e 24 de Março acontecerá em São Paulo o maior evento da SAP da América Latina, o SAP FORUM 2011. Mais informações no site do evento clicando aqui.

      Para os que não pararam de ler o artigo e estão se perguntando: o que isso tem a ver com BI? A resposta é simples: tudo e nada ao mesmo tempo.

      NADA, porque o evento não é sobre BI. Não vai proporcionar uma discussão ampla e detalhada sobre conceitos de BI ou mesmo possibilitar comparar diversas ferramentas de BI.

      TUDO, porque a SAP é uma das grandes opções quando falamos de BI atualmente. O Data Warehouse (SAP BW), as ferramenats de relatórios (hoje encapsuladas no guarda-chuvas do Business Objects) e as ferramentas de planejamento (para mais detalhes veja os artigos: Planejamento SAP confusão, confusão e mais confusão - Parte 1 e Planejamento SAP confusão, confusão e mais confusão - Parte 2) são fortes opções sempre que se fala em ferramentas de BI.

      Se for sua primeira vez, você pode ficar um pouco confuso. São 2 as opções disponíveis de ingresso: os que dão direito ao congresso e o que dá direito apenas as sessões paralelas. Para definir o que faz mais sentido no seu caso, basta olhar a agenda do evento, também disponível no site (ou clicando aqui). O congresso tende a ser mais estratégico, as sessões paralelas mais focadas e algumas até técnicas.

      Em resumo, se você tem tempo e dinheiro (ou um patrocinador), vale a pena passar no evento que geralmente é muito bem organizado. Pessoalmente, sempre que posso vou ao evento. Se passarem por lá procurem por mim. :-)

      Grande abraço,

      terça-feira, 1 de março de 2011

      Brasil Intelligence: Resultados de Fevereiro

      Dando seguimento ao nosso compromisso firmado no artigo: Como definir e calcular suas métricas - Parte 3 (Final), abaixo os resultados referentes a Fevereiro:








      Os resultados do último mês podem ser vistos no próprio gráfico.

      Continuo achando que ainda é cedo para dizer alguma coisa sobre os resultados, mas existe um forte indício de que as metas que estabelecemos foram muito pessimistas. Talvez no fim do primeiro trimestre tenhamos que revisar essas metas. Vamos acompanhar.

      Grande abraço,

      quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

      Os gráficos do seu sistema de BI são péssimos!!!

      Se os seus clientes - sejam eles internos ou externos - não se deram conta disso ainda, aproveite, porque você ainda tem tempo. Não, não adianta falar que a nova ferramenta da empresa X (seja X: SAP, Oracle, IBM, MicroStrategy, Senior ou qualquer outra) é simplesmente fantástica, eu tenho certeza que ela é ruim (com todo o respeito aos meus amigos, colegas e parceiros nas empresas que vendem soluções de BI).

      A essa altura você deve estar imaginando que eu fiquei louco. E fiquei mesmo depois de ver o vídeo abaixo:


      Resumo rápido para quem não teve tempo de ver o vídeo ou não acompanhou o inglês: Anders Ynnerman está mostrando as novas possibilidades no que se refere a equipamentos de exame e diagnóstico.  Você lembra de receber seu resultado de exame em casa com valores do tipo:

      Valor de referência: entre 1 e 2, seu valor: 1.45

      Esse tempo está próximo do fim. Hoje, se o médico quer saber como anda a circulação de sangue no seu cérebro ele simplesmente scaneia seu cérebro e o fluxo sanguíneo e monta uma imagem em 3D do fluxo de sangue fluindo  (com o perdão da gracinha). Resultado: uma análise mais detalhada, um diagnóstico mais preciso e resultados mais efetivos.

      Mas e dai? E dai que este pode ser o começo do fim dos nossos gráficos de pizza, linhas e barras. Para os otimistas que virão em ferramentas como Xcelsius (da gigante SAP) um deleite para os olhos, esperem até a próxima geração de análises gráficas em tempo real.

      A professia: claro que eu não tenho bola de cristal e que não sou um dos grandes gurus que ditarão as tendências dos próximos 10 anos. Mas eu não consigo imaginar que minha linda filha, (hoje com 3 anos) acostumada a gráficos full HD em telas gigantes, desenhos que mais parecem filmes, vídeo games que a fazem interagir com movimenttos e voz sincronizados e dispositivos móveis como iPhones praticamente desde o berço vai se contentar em analisar o fluxo de caixa da empresa em um gráfico de linha, por mais bonita que a linha possa parecer.

      "E como ela vai avaliar o fluxo de caixa" dirão alguns e outros declararão "mas essa é a forma mais eficiente de fazê-lo". A minha humilde resposta é uma só: eu não sei como vai ser, mas quem descobrir pode sim se tornar, nesse era tão colaborativa, o próximo guru de BI. Aliás, se você tiver alguma ideia, deixe um comentário.

      Mais um que vale a pena ler sobre visualização de dados: Uma imagem vale mais do que mil palavras

      Grande abraço,